Férias. Como precisava de férias! Passou todo o mês de junho acompanhando a passagem do tempo pelo calendário. Ao final de cada dia, um “x” a mais naquela folhinha. Pensou que não conseguiria suportar a espera: dia 4 de julho estava longe demais.
Agosto. Como o tempo havia passado rápido! Assim como não viu dia 4 chegar – e passar – não teve tempo de sentir, com a vagareza merecida pelas circunstâncias, todos os detalhes do mês de julho. E agora, já de volta a sua rotina habitual, que apesar do habitual, nada se parecia com a anterior, tentava reorganizar os pensamentos, para que, em vão, pudesse reorganizar a si mesma. Ela percebia algo diferente em seu modo de falar, em sua relação com o próximo e até na própria tolerância consigo.
De frente para o espelho, podia notar novos gestos e um brilho no olhar com outras perspectivas e desejos. Surpreendia-se olhando para a própria barriga, grande, que também era nova! Mas logo desviava a atenção para as mãos, para os pés e era inevitável encontrar seu próprio olhar. Tudo muito recente. Precisava escrever. Um mês indo à praia, muito sol e forró na cabeça, um pouco de axé, Itaúnas, Conceição, Salvador, Pelourinho, Guarajuba. Tudo muito bom, meu Deus. Tudo contribuindo para a sua “baianidade” e, agora, as palavras não vinham mais. Nada é perfeito. “E ainda bem”, pensava ela, “que as férias não duram para sempre”.
Agosto. Como o tempo havia passado rápido! Assim como não viu dia 4 chegar – e passar – não teve tempo de sentir, com a vagareza merecida pelas circunstâncias, todos os detalhes do mês de julho. E agora, já de volta a sua rotina habitual, que apesar do habitual, nada se parecia com a anterior, tentava reorganizar os pensamentos, para que, em vão, pudesse reorganizar a si mesma. Ela percebia algo diferente em seu modo de falar, em sua relação com o próximo e até na própria tolerância consigo.
De frente para o espelho, podia notar novos gestos e um brilho no olhar com outras perspectivas e desejos. Surpreendia-se olhando para a própria barriga, grande, que também era nova! Mas logo desviava a atenção para as mãos, para os pés e era inevitável encontrar seu próprio olhar. Tudo muito recente. Precisava escrever. Um mês indo à praia, muito sol e forró na cabeça, um pouco de axé, Itaúnas, Conceição, Salvador, Pelourinho, Guarajuba. Tudo muito bom, meu Deus. Tudo contribuindo para a sua “baianidade” e, agora, as palavras não vinham mais. Nada é perfeito. “E ainda bem”, pensava ela, “que as férias não duram para sempre”.