terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Meu jardim,

Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho

Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim

sábado, 6 de dezembro de 2008

Não vai passar,



Ela tinha medo de que as palavras perdessem a alegria da primeira leitura. Talvez, por isso, tentava se controlar para não decorar cada uma delas. Para não conseguir ouvir, saindo da boca dele, tudo aquilo. Para não ler além daquelas linhas nem se perder no mar de incertezas que surgia diante de si. Mas tudo isso era tão difícil, que aos poucos, a tranqüilidade de ver seus sentimentos expostos naquela janelinha online do MSN cedia lugar a um milhão de dúvidas que pareciam lhe corroer as idéias e o tempo. Ele entendeu o que eu quis dizer? Entendeu que eu disse que passaria (se Deus quisesse) apenas como uma tentativa, quase desesperada, de fazê-lo compreender que somos amigos antes de tudo?

Devaneios. Ela não esperava por aquela inquietação. Podia jurar de pés juntos que os olhares nunca haviam sido intencionais – muito menos para ele. Fazia questão também de deixar claro o quanto se sentia despreocupada com o desenrolar da recente história, que para ela, sinceramente, não chegaria a lugar nenhum. Não por ela. Ah, mas aquela inquietação.
Meu Deus, como agora tentava não pensar, esquecer, apagar da memória! Mas já não era possível. Bastavam alguns segundos de distração para a cena lhe vir à mente e parecer lhe atingir a alma. Seu rosto bem próximo ao dele. As mãos entrelaçadas e apaixonadas – elas já se gostavam antes deles descobrirem-se juntos. Sua boca agora chegava àquele mesmo rosto que, a pouco tempo, enxergara tão próximo de si. Ela, então, lhe dava um beijo na bochecha, enquanto ele fechava os olhos. Devaneios.

Diante da tela do computador, lia mais uma vez aquelas palavras, na mesma janelhinha do MSN - agora offline. “Quando ele tiver on perguntarei se entendeu tudo e direi logo, ‘não vai passar’”.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008


Eu sei que você estava esperando por um texto. Mas não quero quebrar o charme.

Parabéns pai!
Amamos você!