sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Por Angela Carolina Simioni

Ah.....ela era assim,
No olhar carregava doces percepções sobre o futuro
Geralmente, nos caminhos que passava, carregava também uma mala.
Ela, menina, sentia sua mala vazia
Ladeira acima, uma mulher, sentia sua mala pesada...
Assim, ela caminhou, ela, o olhar e a mala

Caminhou, até se cansar
Até se sentir pronta.... para caminhar
Resolveu que seus dois carregamentos, estavam prontos para se encontrar!
Oxi.....
Levou a mala e o olhar à um lugar...
Indizivel
Na mala, encontravam-se,,, começos.. meios.... e fins....todos misturados e repetidos...
Ah... no olhar, cores, flores e amores

Sim....
Indizível
Mundos, distintos, complementares, singulares...
Indizível
Oticas, prismas, esferas, é isso que ela conhecia, mas o olhar não é isso
Nada, tudo, cheia, vazia, a mala está isso, mas não é isso....
Indizível, mas não invizivel, aliás, se percebia de longe, os olhos com malas e as mãos com doces...
Ah.....
Resmungou o matuto
A moça da mala cheia de doces...
Um olhar cheio de tudo
Joga com o vento, que pra não fechar os olhos, os proteje com as mãos, que agora livres...
Olha a mala, que ficou... no caminho lambuzada de doce ... no lombo de um burrico

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